13
Abr06
OS NOSSOS POLÍTICOS...QUEM DIRIA....
jotaeme
AO MENOS, DÊEM-SE AO RESPEITO!!!
Maioria não vota diplomas do Governo por falta de quórum, (a maioria dos deputados foram para as férias pascais antecipadas!)
Oito propostas do Governo e um voto de protesto do CDS/PP contra o encerramento das maternidades de Barcelos, Santo Tirso e Bragança ficaram ontem, véspera de férias de Páscoa, por votar no Parlamento por falta de quórum de deputados. Dos 230, estavam no plenário apenas 111 parlamentares, quando são necessários, no mínimo, 116 para se poder proceder a votações.
Os partidos trataram de descartar responsabilidades, mas o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, foi peremptório ao dizer que o regimento será "taxativamente cumprido". Ou seja, aos deputados faltosos cujas faltas sejam consideradas injustificadas será descontado 1/20 do seu vencimento.
Foi o próprio Gama que se apercebeu da situação já perto das 19 horas. "Não há quórum de deliberação", anunciou. Na ocasião, apesar do PSD ter 75 eleitos, estavam apenas nas filas da frente alguns membros da direcção e deputados que tinham participado num debate sobre Justiça. No CDS/PP viam-se menos de metade dos deputados. À Esquerda, o PCP e o BE eram as bancadas mais compostas. No PS faltavam muitos dos 121 eleitos.
O período de férias da Páscoa ajudou à debandada, pois o Parlamento só retoma os trabalhos na quarta-feira. Em 2004, deu-se um caso semelhante, mas a direcção da bancada do PSD (então maioritária) adiou a votação. Ontem, foi nesta linha que o actual líder parlamentar do PSD atirou as culpas ao PS. "É lamentável que um partido maioritário não assegure o quórum", declarou Marques Guedes, responsabilizando Alberto Martins por não ter assegurado que os diplomas do Governo fossem votados pela sua própria maioria.
Há mil e um discursos moralistas que se poderiam fazer sobre o facto de o Parlamento não ter conseguido quórum para votar, porque muitos deputados, apesar de a Assembleia até encerrar hoje, resolveram partir mais cedo para as suas mini férias da Páscoa. A situação é tão triste e os deputados faltosos expuseram-se tanto que tudo o que se diga condenando a atitude é, até, redundante.Os partidos trataram de descartar responsabilidades, mas o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, foi peremptório ao dizer que o regimento será "taxativamente cumprido". Ou seja, aos deputados faltosos cujas faltas sejam consideradas injustificadas será descontado 1/20 do seu vencimento.
Foi o próprio Gama que se apercebeu da situação já perto das 19 horas. "Não há quórum de deliberação", anunciou. Na ocasião, apesar do PSD ter 75 eleitos, estavam apenas nas filas da frente alguns membros da direcção e deputados que tinham participado num debate sobre Justiça. No CDS/PP viam-se menos de metade dos deputados. À Esquerda, o PCP e o BE eram as bancadas mais compostas. No PS faltavam muitos dos 121 eleitos.
O período de férias da Páscoa ajudou à debandada, pois o Parlamento só retoma os trabalhos na quarta-feira. Em 2004, deu-se um caso semelhante, mas a direcção da bancada do PSD (então maioritária) adiou a votação. Ontem, foi nesta linha que o actual líder parlamentar do PSD atirou as culpas ao PS. "É lamentável que um partido maioritário não assegure o quórum", declarou Marques Guedes, responsabilizando Alberto Martins por não ter assegurado que os diplomas do Governo fossem votados pela sua própria maioria.
O pior, seguramente o mais triste, é não sabermos que ponta de arrependimento tem cada um dos que deixou a cadeira vazia. Um pedido de desculpa é essencial, quando não temos todos o direito de pensar que cada um dos senhores e das senhoras se baldou na certeza de que o vizinho do lado estaria por si
O país tem os deputados que elege. O Dr. Jaime Gama, presidente da Assembleia, deveria encarar seriamente a possibilidade de nos dizer, um por um, o nome dos faltosos. Não é um apelo à denúncia, é apenas um apelo à reposição de um mínimo de decência.
Não vale a pena levar a questão ao extremo e pensarmos que é esta a classe dirigente que temos. Seria injusto. Mas é preciso dizer a esta gente que o mínimo que pode fazer é dar-se ao respeito. Ao menos, dêem-se ao respeito