VER-MO-NOS AO ESPELHO…OU OS NOSSOS “REFLEXOS”.
Que grande invenção foi o espelho! Conseguirmos ver o nosso reflexo é algo revolucionário, inovador, eu diria até assustador. Estão a imaginar a primeira vez que alguém se mirou ao espelho e se concentrou no seu reflexo na nossa História Antiga?
Conseguem imaginar o monólogo que se estabeleceu? Devem ter sido apaixonantes essas cenas! Eram uma parte importante na aproximação às pessoas a oferta destes espelhos, (lembram-se que era uma das armas dos nossos navegadores, quando chegavam a terras inóspitas na saga dos Descobrimentos, os usavam para melhor comunicar com os nativos dessas paragens?).
Vem este introito a propósito de nós próprios, muitas vezes olharmos para os outros e visarmos uma determinada imagem que nos dá a informação que julgamos certa!
O que não pensamos em muitas ocasiões é que do lado oposto se passa um fenómeno semelhante. E neste gesto reflexivo de imagens, devemos pensar sempre neste jogo duplo, porque só assim conseguiremos obter um resultado satisfatório.
Exemplificando: Quando fazemos o nosso julgamento de outro(a) limitamo-nos a ver á superfície, ou mergulhamos mais fundo para assim podermos analisar com mais certeza e rigor o que estamos a ver?
Ao passar por um sem-abrigo, que pelas nossas ruas “estacionam” olhamos apenas ao aspeto exterior e logo viramos a cara, ou perguntamos “face to face” qual a razão da situação daquele ser humano?
É assim que neste jogo de imagens e reflexos que temos de facto de agir num sentido humanístico para depois formar os nossos juízos e decisões. Não façamos como os políticos que num comício eleitoral ousam falar numa só perspetiva a uma multidão quando sabemos que cada uma individualidade é diferente dos outros milhares que a rodeiam?
É neste jogo de reflexos diferenciados que temos de mostrar o nosso equilíbrio comunicacional. Se assim o fizermos ou tentarmos, seremos com certeza mais felizes e satisfeitos com os nossos reflexos… da Vida!