RENOVAR A ECONOMIA PORTUGUESA, REFUNDAR O SISTEMA PRODUTIVO PORTUGUÊS.
Quando nos dias de hoje do ano da graça de 2013, ouvimos quase diariamente os políticos, os comentadores da dita, sugerirem o crescimento económico como a arama eficaz para resolver a Crise que atravessamos, um pouco por toda a Europa, não estão a descobrir a pólvora, mas sim, a salientar o óbvio e que qualquer cidadão não versado em Economia, intui de imediato, ou seja, perante as constantes medidas de austeridade debitadas pelo nosso atual Governo de P.P.C. e P.P.
Mas os políticos atuais e os anteriores esqueceram com o que concordaram no anos finais do seculo passado quando concordaram com a adesão á CEE, que foi a abertura obrigatória ou imposta dos nossos mercados, aos produtos vindos do Continente Asiático. E aqui radicou uma das mais miseráveis subserviências ao Poder Economico, dos Srs. Poderosos, que viam assim com as deslocalizações em massa para esses “paraísos fiscais e laborais”, a possibilidade de elevados lucros, pela exploração da mão-de-obra barata, laborando em condições muitas vezes indignas e fora de todas as Convenções de Trabalho que eram a bandeira da Europa Democrática, condições de Higiene e Segurança e Regulamentação de Horários que tantos anos levaram a edificar, a serem mandados às malvas, numa regressão de séculos e de tipo quase esclavagistas…
Nesses desgraçados momentos não faltaram os avisos para o que viria a acontecer ao nosso Sistema Produtivo, com realce especial para as áreas do Têxtil e do Calçado. A classe política europeia fez ouvidos de mercador a esses alertas e o resultado ao longo da primeira década do seculo XXI foi o que se viu e está a ver! Em Portugal, dezenas de Empresas encerraram e as que puderam, deslocalizaram a sua Produção para os tais “Paraísos Asiáticos”. Como se não bastasse o Poder Economico na sua constante batalha da especulação financeira em 2008, foi obrigada a mostrar a sua fraqueza com a fuga de enormes fluxos de capitais para os paraísos fiscais, deixando atrás de si Pessoas e Empresas moribundas, causando um descalabro socioeconómico parecido com a Grande Depressão dos anos 30 na América do Norte.
Podemos então inferir que não eram necessários adivinhos ou videntes para constatar o que se ia passar. Agora, para remediar este grave problema a que recorrem os Políticos? Claro, aos desgraçados Cidadãos que tem a desdita de por aqui viverem a grande maioria sem culpas no cartório! Há que confiscar “legalmente” Salários e Pensões a torto e a direito, não punindo aqueles que realmente desviaram milhões e milhões de euros e que se devem estar a rir no seu íntimo, ao mesmo tempo que mostram ao exterior uma face de vitimização de resignação. Irlanda, Islândia, Grécia, Portugal, Espanha, Itália França a cada um a sua Crise, que atrofia a Europa das Liberdades e Democracia…
É um rol de inúmeras dificuldades, de angústia, de incredulidade, nos Valores que desde o Pós Segunda Guerra Mundial se construíram e aceitaram como fundamentais e a que a nós Europeus convictos, custa a aceitar. Por todas estas razões por mim expostas, não acredito que nos tempos mais próximos as nossas dificuldades e angústias desapareçam.
Agora o que não perdoarei jamais é que a execução deste rol de austeridade, não nos permita mais á frente, viver com um pouco mais de desafogo e prosperidade. Se os nossos governantes falharem, preparem-se que grandes conflitos virão com consequências imprevisíveis, e sob o olhar beatífico de Fraulein Merkel… ela deve estar a recordar a História do seu País no Pós Capitulação da Segunda Guerra Mundial. Por isso sorri para si própria e afivela a máscara da bondade e da eficácia para os desgraçados Países do Sul, que ela designa como preguiçosos e pouco dados ao trabalho e rigor…
Será que estarei a ser visionário? Eu não queria acertar nesta minha previsão mas que tenho fundados receios, isso tenho.