Que razões lógicas suportam este tipo de actos e que justificam o quê? Que Deus mandará uma pessoa, um ser humano, amarrar à cintura uma carga de explosivos e ir à procura de vítimas sacrificiais, e quantas mais melhor, e dizer que é uma acto justo?
Não seria mais racional o bombista suicida fazer-se detonar sozinho? Ou será que muitas das vezes esse mesmo candidato a mártir é “obrigado compulsivamente” a praticar esse martírio? E porquê o objectivo de causar o maior número possível de vítimas com a sua louca decisão?
Haverá alguma racionalidade ou justificação? Ou alguém acredita que os bombistas suicidas o fazem na mira do prémio no Paraíso?
E depois ofendem-se com algumas palavras descuidadas de certas personalidades, como motivo de fúria e perseguição ás suas crenças e praticam diariamente estes actos insanos arrastando um número impressionante de pessoas inocentes para uma trágica morte, cujo único erro, é estar à hora errada no local errado
O relato da acção da população de Lanheses-Viana do Castelo, que perante a possibilidade de ser desactivado o posto da GNR, devido ao estado de degradação do edifício onde estavam as citadas forças policiais, meteram mãos à obra e recuperaram – no com o trabalho voluntário das pessoas das mais diferentes condições e profissões de Lanheses, dando assim uma bofetada de luva branca ao Ministério da Administração Interna, que é responsável pelas condições de habitabilidade e funcionalidade destas instalações policiais.
A mão-de-obra, que esteve a cargo de advogados, professores, pintores e carpinteiros, além de pessoas de diversas outras profissões, foi gratuita, mas nos materiais a autarquia terá dispendido perto de nove mil euros, verba devida a fornecedores e, para a qual, reclama por apoios. "Não temos dinheiro. Herdámos uma dívida de 160 mil euros mas acreditamos que alguém ajudar-nos-á a pagar o montante devido pelo trabalho com vista à manutenção da GNR na freguesia", asseverou o presidente da autarquia de Lanheses o snr Ezequiel Vale.
Manifestando-se "agradado" com as futuras instalações, o comandante do Grupo Territorial da GNR de Viana do Castelo, tenente-coronel Eduardo Branco, indicou que a mudança para o futuro posto deverá ocorrer no próximo mês, após a transferência do mobiliário e restante material. No posto prestam serviço uma dezena de elementos.
E mais, sete dos elementos da GNR, estão ocupados com funções administrativas dentro do posto, perturbando e impedindo um bom e melhor serviço no exterior que é onde deviam estar nas suas acções de vigilância e assegurando a ordem pública de pessoas e bens!
Pergunto eu na minha ingenuidade: Então não seria uma boa opção para funcionários da Administração Pública que estejam nos ditos supranumerários, assegurarem estes mesmos serviços de índole puramente administrativa (depois de formados e ajustados ao tipo de trabalho) e deixando livres os agentes para as verdadeiras funções para que foram recrutados!
Pergunto ainda, como é possível, os sucessivos governos terem deixado chegar a este ponto de degradação muitas das esquadras e postos das nossas forças de segurança, já não falando de outros equipamentos que impedem um bom desempenho aos agentes (armamento e condições de logística obsoletos?)
As pessoas de Lanheses mostraram como se devia fazer, e merecem o nosso aplauso, mas apenas como atitude reivindicativa e para alertar as nossas autoridades que têm a responsabilidade para executar estas acções e assegurar o mínimo de qualidade e dignidade ao desempenho destas tão importantes funções.
CRISTIANISMO- ISLAMISMO- INTOLERÂNCIA E FUNDAMENTALISMO…
Na sua " lição ", o Papa citou um diálogo entre o imperador Bizantino Manuel II e um Persa, em 1391, sobre o Cristianismo e o Islão. Nesta conversa, o imperador refere-se à " Jihad " – Guerra Santa -e coloca ao seu interlocutor uma pergunta sobre a relação entre a religião e a violência:
" Mostra-me aquilo que Maomé trouxe de novo e encontrarás somente coisas malvadas e desumanas como o seu propósito de expandir pelo meio da espada a fé que professava ". Com esta citação, Bento XVI faz suas as conclusões do imperador Bizantino, ou seja, a difusão da fé mediante a violência é algo irracional. Disse o Papa: " Não actuar segundo a razão é contrário à natureza de Deus e da alma ".· Tratou-se de uma longa intervenção, académica, sobre Teologia, na qual Bento XVI expôs o seu pensamento sobre a forma como as diferentes religiões se colocam perante a questão da " Razão ". Não foi a primeira vez que o Papa exprime o seu pensamento sobre a violência Islâmica praticada em nome de Deus. Na primeira reunião com o corpo diplomático representado no Vaticano, depois do concílio, Bento XVI afirmou que " todos os actos de violência em nome de Deus são inaceitáveis para a igreja de Roma ". Nessa altura, ninguém reagiu. Não se ouviram protestos. Agora, temos o mundo muçulmano indignado, queimando as fotografias do papa e exigindo um pedido de desculpas ao Vaticano como o fizeram há meses, a propósito da crise das caricaturas.Há lições a tirar. O Ocidente não pode ceder à chantagem e ao medo. Não podemos ter medo de falar sobre o Islão e sobre Maomé. Nós, Ocidentais não podemos estar reféns nem dos extremistas muçulmanos nem dos muçulmanos moderados que em momentos como este pensam exactamente o mesmo dos " Jihadistas ".· Se não podemos citar palavras de há 600 anos com o medo de ofender os muçulmanos, o que é que podemos fazer? Resignamo-nos a perder a nossa liberdade e condenamo-nos ao obscurantismo? Só resta dizer que o imperador Bizantino Manuel Segundo está carregado de razão e que os seus diálogos permanecem actuais.
“Qualquer um pode zangar-se- isso é fácil! Mas zangar-se com a pessoa certa, na justa medida, no momento certo, pela razão certa e de maneira certa isso não é fácil.”
Autoria: ARISTÓTELES, Énica a Nicómaco
Digam lá se este pensamento não nos faz pensar de outra maneira em situações que concerteza nos aconteceram nas mais variadas situações da nossa vida!
E em muitas dessas ocasiões não conseguimos lidar com as emoções e ímpetos que nos impelem, para indevidas resoluções desses mesmos eventos?