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Jun04
HISTÓRIAS A METRO... DO PORTO II-Cenas surrealistas
jotaeme
HISTÓRIAS DO METRO II...Hoje, véspera do início do tão badalado campeonato da Europa em futebol, fui a convite do meu genro Ruben, á loja do cidadão sita na Torre das Antas e que por inerência está mesmo ao lado do novo estádio do Dragão como todos sabem. Quero aqui confessar humildemente que ainda não tinha estado junto a tão grandioso empreendimento, mas que querem eu não tenho tido tempo nesta vida tão ocupada!
Enfim lá fomos então os dois, mas de Metro, visto que a nova ligação recentemente inaugurada termina mesmo junto ao estádio.Entramos na Sª da Hora e lá fomos apreciando a paisagem, em especial a partir da Trindade que era o troço que eu ainda não conhecia. Na verdade este tipo de transporte é um verdadeiro achado e resolve a meu ver a tão falada mobilidade no grande Porto.Limpo, pontual, escorreito, propiciando uma boa conversa com o vizinho(a) do lado, não há melhor.
Chegados á Loja do Cidadão, o meu genro Ruben levantou o documento pretendido (o passaporte renovado da esposa Andreia) e voltamos para a viagem de retorno a casa. Aqui apenas um pequeno parêntesis para assinalar o que me pareçe um serviço exemplar, ou seja , o atendimento e funcionamento da Loja do Cidadão: muita gente a ser atendida, em boa ordem, sem atropelos e sem reclamações.Sim senhor, fiquei cliente! Quando precisar de um documento especial, já sei onde ir.
Na volta e após um pequeno passeio á volta do estádio e porque não deixavam entrar ninguém(estava na ocasião a selecção da Grécia a treinar á porta fechada), iniciamos a viagem de regresso á Sª da Hora e que decorreu sem problemas.Aqui chegados (e agora preparem-se para ouvir!) acontecem das cenas mais surrealistas de que já não tinha memória em tempos recentes!Saídos da carruagem eu e o Ruben, entram os passageiros que estavam á espera, e fracções de segundo antes do Metro arrancar, vejo uma senhora a querer entrar, a porta automática a fechar antes da senhora o conseguir fazer, ela aflita começa a gritar que o seu filho pequeno está dentro da carruagem, a composição arranca, a dita senhora em desespero de causa a correr atrás do Metro, eu apercebo-me rápidamente das consequências do que vai acontecer,(a paragem mais próxima é apenas a 2 kms!) e desato também a correr desalmadamente atrás do Metro acompanhado já pelo Ruben e após repetidos apelos e gritos para o maquinista e isto tudo em plena corrida desenfreada , milagrosamente a carruagem abranda e o miúdo é resgatado para a mãe em pânico total, esfalfados os três, eu e o Ruben desandamos e saímos de cena, enquanto um aglomerado de pessoas dentro e fora da carrugem consolavam a amedrontada mãe. Resta dizer que o miúdo estava no seu carrinho de bebè, impávido e sereno perante estas cenas rocambolescas, mas verdadeiras. Que cena...
Senhora da Hora no dia 11 de Junho de 2004.- ás 18.00 horas.
PS.AOS RESPONSÁVEIS DA SEGURANÇA DO METRO DO PORTO: Estas situações devem estar contempladas nas vossas áreas relacionadas com a Segurança dos passageiros e composições. Os vossos colaboradores devem ter todo o cuidado e sensibilidade nestes casos. Estou certo certo que partilham destes pensamentos.