Há agora duas "modalidades" que têm ocupado a mente criminosa dos amigos do alheio, ou seja, o assalto ás caixas multibanco e ás casas de compra de ouro.
Enquanto que as caixas ATM, vieram prestar um serviço inestimável ao grande público,(já não me consigo imaginar com grandes quantidades de dinheiro vivo nos bolsos), evitando assim perdas de tempo e uma comodidade nas compras e pagamentos, esta nova avalanche de abertura indiscriminada de lojas e lojecas de compra do precisos metal, fez a bússola da gatunagem a ser reorientada, tanto pelo valor, como pela(aparente) facilidade com que desempenham as suas "funções"!
Este crescendo de violência urbana, não é por acaso que acontece. A crise económica,(e de valores), tem contribuído e de que maneira, para que tal se verifique. A situação politica e económica em PORTUGAL e na sua generalidade pela Europa fora, provoca nas pessoas mais desfavorecidas, uma pressão adicional, para a luta pela sobrevivência! Familias desestruturadas, sonhos e projectos interrompidos, são mananciais que abastecem potenciais agentes do crime.
Perplexidades de uma Europa, que não soube lidar com a ganância da alta finança, com o facilitismo com se abriram as fronteiras dos espaços das empresas, da sua força produtiva em favor de paraisos asiáticos, que laboram ainda com regras muitos desiguais. Mandando ás malvas, conquistas laborais que levaram mais de um século a adquirir, recusando-se agora a ver os resultados de tal destruição! É a Globalização no seu esplendor! Não se queixem, então das consequências...
É do conhecimento geral e em especial dos Vila condenses, do estado de abandono e degradação a que está sujeito este imóvel com um passado histórico e tipo de construção que não passam despercebidos a quem passa por Vila do Conde, com uma localização altaneira e bem junto ao Rio Ave que vai correndo impávido …
Pelo que se lê e sabe, existem como é infelizmente hábito as falhas de comunicação entre Entidades que superintendem nesta área do Património do Estado e não se avança para uma projecto de reconstrução ou reparação para outros fins que pelo menos tragam alguma mais-valia e que permitem a sua sustentabilidade em termos financeiros. Assim haja vontade e imaginação.
Este Convento de Santa Clara recorda-me a minha primeira visita de Estudo feita no antigo Ciclo Preparatório da Escola Gomes Teixeira ali na Praça da Galiza na cidade do Porto. Corria então o ano lectivo de 1961/62 e a minha turma foi de abalada por um itinerário que contemplava a três localidades: Santo Tirso, com a sua escola de regentes Agrícolas, Povoa de Varzim onde visitamos a empresa de cordoaria Quinta& Quintas, de grande envergadura e com muitos empregados, o Museu Etnográfico, muito bonito no seu acervo e depois em Vila do Conde onde visitamos o citado convento de Santa Clara e a Estação Aquícola…
Nunca mais esqueci esta visita de estudo, porque plena de novidades para nós miúdos de 11 e 12 anos, serviu para aprender algo de muito importante para o nosso futuro como Cidadãos.
Como é possível deixar este Património a degradar-se até a sua destruição quase completa? Como é possível não alocar ao longo destes últimos anos algumas verbas que assegurassem pelo menos a sua conservação primária e evitassem os vândalos e gatunos que tudo levam e destroem?
Não é um hábito da Autarquia Vila-condense, por isso estranho esta situação! Haja um pouco de razoabilidade e não deixem que esta Património desapareça irremediavelmente…
Se este Governo tem praticado uma política de austeridade em nome da diminuição do nosso brutal défice de forma pouco ortodoxa, há gestos que se vão revelando atinados e positivos! Para já não falar de um dos mais mediáticos e que nos levaria ainda mais depressa á ruína, (falo do megalómano projecto TGV), que este governo anulou, vão havendo outras medidas que nos merecem elogios. Cito agora o caso da compra dos 10 helicópteros que Aguiar Branco cancelou, pela quase inutilidade serventia que poderiam ter para o nosso Exército! Vai haver alguém a chorar com esta acção do ministro da Defesa, mas creio que colhe a aprovação da maioria dos Cidadãos portugueses. Até o mais desatento sabe que não faz sentido nos tempos actuais, um grande arsenal militar, para enfrentar pretensas guerras! Temos organizações que já nos protegem se algo de anormal acontecer, (tipo NATO, ONU). Por isso é de elogiar esta medida!
Para que se não diga que somos piegas e que passamos a vida a lamentarmo-nos (PPC assim o disse), elogio os bons actos de governação, como critico os que de mal houver!